domingo, 18 de dezembro de 2005

Tchau meu amigo Bonson


(Frank, respeitosamente peço licença pra usar tua charge.)

O Bonson morreu na tarde do dia 8 de dezembro, vítima de um câncer fulminante, e só agora escrevo no blog sobre esta perda. Antes de partir, ele passou suas duas últimas semanas internado no Hospital Universitário. Nestes dias de hospitalização ouvi muitas coisas do Bonson que desconhecia. O legal foi presenciar o carinho e admiração que os amigos e ex-parceiros de redação nutriam por ele. Foi bacana de ver. Fui colega do Bonson em O Estado nos anos 80 e 90 e só tenho a lamentar sua saída de cena precoce, que empobrece o jornalismo catarinense.

Acostumado a criticar os poderosos com sua pena impagável, ele estava afastado dos jornais diários após ter sido demitido de A Notícia, última redação pela qual passou. Lembro que ele ficou contente ao aceitar o convite para colaborar com a coluna mantida pelo Sindifisco no A Notícia. Foi um ano e meio de parceria que renderam ótimas charges. Quando começaríamos a publicar a coluna no Diário Catarinense, a saúde do meu parceiro pregou-lhe uma peça, desta vez fatal. O Bonson se entusiasmava sempre que o tema de sua charge proporcionasse a chance de incomodar os donos do poder. Será que foi por isso que nenhum deles apareceu no seu enterro?

No Site do Sindifisco é possível conferir as charges que ele produziu para a coluna desde o ano passado.

Um abração meu amigo!

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Jornalista, com atuação na área de comunicação corporativa

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