Da série coisas importantes que não se aprende na escola. Outro dia estava lendo um excelente livro da jornalista norte-americana Janet Malcolm sobre ética no jornalismo, quando me deparei com um trecho no qual ela fala sobre o ofício. Neste sentido jamais ouvi qualquer orientação dos professores de jornalismo pelos quais passei, nem mesmo de editores e chefes em geral nos meus mais de 20 anos de profissão. Na posfácio do livro "O jornalista e o Assassino - Uma questão de Ética" a autora é definitiva, na minha opinião, quando se fala no uso do gravador e na transcrição de entrevistas. Leia só:
"Quando um jornalista se propõe a citar alguém a partir de uma entrevista gravada, ele tem para com o entrevistado, não menos que com o leitor, o dever de traduzir a fala para a prosa. Só um jornalista muito pouco piedoso (ou muito incompetente) mantém as palavras literais do entrevistado e deixa de fazer aquela espécie de edição e reescritura que, na vida real, os nossos próprios ouvidos fazem automática e instantaneamente".
terça-feira, 18 de novembro de 2008
A propósito do ofício do jornalista
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