O jornalista e poeta Carlos de Freitas morreu ontem em Blumenau (SC), aos 90 anos, vítima de um câncer e complicações do diabetes, que encerraram uma vida dedicada ao jornalismo. Nascido em Rosário do Sul (RS) em 16 de julho de 1918, Seu Freitas está sendo velado no Memorial Ecumênico São Francisco de Assis, no Centro de Blumenau, e segundo o jornal Diário Catarinense o enterro é hoje, às 10h, no Cemitério São José. Nos últimos quatro anos, Freitas morou no Asilo São Simeão, em Blumenau. Sempre tive o maior carinho por ele, pois foi meu primeiro chefe, logo que cheguei a Florianópolis em 1986 e ele pautou um teste de reportagem na sucursal do jornal A Notícia, que chefiava em Florianópolis. Vai com Deus meu amigo.
- O Velho Freitas tinha a voracidade de defender os repórteres-poetas. Dizia, lembram os amigos, "todo grande repórter tem um pouco de poeta". Os pensamentos dele permearam redações na cidade de São Paulo, Florianópolis e Blumenau. Porém, a vivacidade não era externada como propaganda pessoal ou profissional. O jornalista e escritor Carlos Luiz de Freitas - o Velho Freitas, como ficou conhecido - era silencioso, observador e contra a badalação que cerca o meio. Freitas enveredou por renomados meios de comunicação. Foi repórter de veículos como Folha de São Paulo, Revista Manchete e Revista Cruzeiro. Descobriu grandes figuras do jornalismo e da publicidade nacional.
Foi ele quem deu a primeira oportunidade de trabalho para o então desconhecido Washington Olivetto, na agência de publicidade paulistana Harding-Jiménez, na década de 1970. A Santa Catarina, chegou em dezembro de 1972. Adotou Blumenau como casa. Na cidade, trabalhou no Jornal de Santa Catarina, Jornal Cruzeiro do Vale (Gaspar) e foi mentor de outras publicações. Registrou no último livro que publicou, Nave para o Fim do Tempo (2000), que, graças ao jornalismo, conheceu o país de Norte a Sul.
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Morre em SC o jornalista Carlos de Freitas
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3 comentários:
Puxa! Veja como sou ignorante: não conhecia o Freitas! Se você diz isso tudo dele, eu acredito. Pelo menos você teve a chance de conhecê-lo.
Os cabelos branquinhos me fazem lembrar do meu querido avô.
abs
Sou ainda um adolescente em vários aspectos e não passei para vida adulta. As espinhas no rosto e a louca insistência por tudo que é novidade permanecem nítidos em meu semblante. Como dificilmente poderia ser de outra maneira tenho, entre meus favoritos, cantores do estilo Cazuza. É dele o pingo de letra que faço uso para mostrar minha indignação, também comum em meus 20 anos, ao saber que estiver perto e não conheci Carlos de Freitas. “Vida louca vida, vida breve”
Entenda: faça parte da segunda turma do primeiro curso de jornalismo da cidade de Blumenau. O campus que estudo fica muito próxima do Asilo São Simeão, lugar que estava o seu Freitas até o dia de sua morte.
Durante os quatro anos de curso, completos no término de 2008, li por diversas vezes matérias que ele escreveu. Professores utilizavam para exemplificar em suas aulas a estrutura de uma notícia e como evitar vícios de linguagem.
Também fiz trabalhos nas disciplinas de Telejornalismo e Redação I e II no tal asilo, como boa parte dos focas de todo mundo costumam fazer. Agora vejo a diferença entre o que foi sei Freitas e o que somos (colegas de faculdade e eu). Em nenhum momento cheguei a imaginas que o “tio do texto”, discutido em sala de aula, estava ali, pertinho... que passou despercebido por meu olhar e faro jornalístico de foca...
E os professores também, baita sacanas. Como instrutores citaram o homem e não sabiam o destino dele. Enfim, “Vida louca vida”....
Grande personalidade, este senhor é irmão de meu avo,Libindo Galvão de Freitas, que também é grande personalidade, não famoso, mas daquelas pessoas de se perder no tempo ouvindo suas histórias, infelizmente não tive o convívio com Carlos de Freitas, mas adimiro sua história.
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