segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Gaudério, pra lá de bom

Soube semana passada que o fotojornalista Antonio Gaudério, nascido Antonio Carlos Marcos dos Santos lá nos pampas há 50 anos, está se recuperando de uma queda duma laje lá no Rio de Janeiro. Descobri um blog que os amigos dele criaram para ajudar na delicada recuperação deste ser humano especial, dono de um talento raro. Clique aqui e confira o blog, de onde roubei a foto dele em alguma das exposições de seu trabalho para a Folha de S.Paulo.

Reproduzo aqui a mensagem que deixei no blog, lembrando de uma das histórias que vivemos junto no início do Diário Catarinense, aqui em Floripa, em 1986/87:

Meu velho, soube notícias tuas pelo Ado, sócio do Tarcísio, aqui em Floripa. Fiques sabendo que torço pela tua recuperação em meio a mais de milhões de fãs de teu trabalho e milhares de colegas que puderam um dia compartilhar uma pauta contigo.

Tenho orgulho de dizer aos amigos que fui teu colega de redação aqui no DC há mais de 20 anos. Para variar também tenho histórias engraçadas pra lembrar. Como daquele dia em que fomos cobrir o primeiro dia de trabalho do governador Pedro Ivo, em 15 de março de 1987. É naquela época os políticos tomavam posse em data mais decente.

Tu tinhas recém comprado uma Honda CG-125, e nem pilotava direito a moto. Chegamos na porta do hotel defronte à rodoviária Rita Maria e o homem já estava embarcando no carro oficial em direção ao Palácio…

Não lembro se chegamos junto e porque fomos de moto, pois havia o Plano Cruzado e a RBS dava vales de táxi a todos os seus repórteres. As cenas seguintes foram hilárias, eu na garupa da tua moto, segurando teu equipamento e nós correndo atrás da comitiva.

Foram pouco mais de dez minutos de correria, mas conseguimos chegar na frente. Lembro até hoje da foto que conseguiste do peemedebista chegando pela primeira vez ao seu local de trabalho, segunda-feira de manhã.

A foto foi o Pedro Ivo subindo os cinco ou seis degraus que levavam ao hall de entrada do Palácio Santa Catarina. A gente não sucumbiu. Passamos um susto danado, mas garantimos a matéria e foto de capa.

Depois que foste pra São Paulo, nunca mais nos vimos, mas quero que saibas que sempre torci por ti. Um gaudério talentoso, sem frescura e amigo dos amigos.

Sofri um acidente brabo em dezembro do ano passado, quando voltava de uma pauta em Chapecó, mas Deus me deu um prazo maior de validade. Foram três mortos no acidente, inclusive o motorista de nossa equipe.

O Chefe da Redação Celestial me deu mais algumas pautas pra cumprir aqui embaixo, e tenho certeza que ele há de te conceder a mesma regalia. Um baita abraço do teu amigo Evandro, que assinava Assumpção e agora usa como nome de guerra o Evandro Baron.

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Jornalista, com atuação na área de comunicação corporativa

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