terça-feira, 25 de março de 2008

O problema é bem maior que o piolho

Notícia triste. Não resistiu a menina de três anos vítima do inseticida Diazitop no Sul de Santa Catarina. (Leia matéria do Diário Catarinense On Line clicando aqui). Inadvertidamente, a mãe da pequena Adriele usou o produto, vendido em agropecuárias, para combater uma prosaica infestação de piolhos na cabeça da criança.

Há alguns dias a menina teve morte encefálica diagnosticada pelos médicos. O episódio está provocando muitas discussões, quanto aos riscos e à desinformação em torno do tratamento contra este bicho minúsculo, nojento e mais comum do que se pensa nas nossas escolas públicas e privadas: o Pediculus Humanus Capitis, mais conhecido como piolho, (confira na foto da Wikipedia).

Fiz uma rápida busca na web sobre o veneno, que pode ser encontrado a preços promocionais, como R$ 2,44 por 40 gramas do produto. Para minha surpresa e dúvida encontrei uma informação assustadora. Em Campanha, cidade mineira e terra de Vital Brasil, importante médico imunologista e pesquisador biomédico de renome internacional na primeira metade do século passado, a prefeitura local comprou em 2006, com dispensa de licitação, por R$ 35,88, "Diazitop e colosso, para pulverização de piolho, a ser aplicado no Centro Comunitário Infantil do bairro da Cohab".

Fiquei em dúvida e assustado quanto ao uso do pesticida. Confira a compra, na página 22 do relatório, disponível clicando aqui. Com a palavra a prefeitura da cidade mineira.

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