sexta-feira, 16 de março de 2007

Choveu dinheiro!

Literalmente choveu dinheiro esta semana na Bahia, com a queda do monomotor com R$ 5,6 milhões, saqueados rapidamente. A PM chegou meia-hora depois do avião cair e matar seus quatro tripulantes. Não deu tempo. A grana tinha sumido. A imprensa fala que 120 pessoas saquearam, e os suspeitos são moradores pobres e sem-terras que estão acampados ao lado da fazenda onde caiu a aeronave.

As falas dos moradores aos jornalistas dão a dimensão da chuva inesperada:

"Você acha que eu continuaria aqui se estivesse comigo?"
"Nunca tinha visto um avião de perto. Nem tanto dinheiro."
"Quando cheguei, o dinheiro já estava acabando. E quem ficou sem passou a assaltar quem tinha."

As mortes são a pior parte desta história. Redistribuição de renda no Brasil só com queda de avião. Este fato me lembra o que aconteceu em Florianópolis na década de 80, quando caiu o Boeing da Transbrasil no morro da Virgínia. Muita gente foi até lá apesar da chuva e das cenas macabras dos corpos destroçados. Até hoje se fala no "sumiço" das jóias que um dos passageiros trazia consigo. Muita gente levou pra casa pedaços do avião como "souvenir".

As notícias ontem traziam informações desencontradas quanto ao valor recuperado pela polícia baiana. Enquanto um jornalão falava em mais de R$ 400 mil, outro, mais conservador falava em menos de R$ 300 mil. Dificilmente recuperam o valor.

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Jornalista, com atuação na área de comunicação corporativa

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