terça-feira, 6 de setembro de 2005

Baco e o Procon

Numa palestra sobre vinhos ontem à noite, uma informação daquelas de deixar a gente arrepiado. Várias vinícolas brasileiras estão vendendo vinho de mesa — aquele que leva vários tipos de uva e é mais barato — com o rótulo de seleção. Acabam vendendo gato por lebre, pois os vinhos selecionados são vinhos finos e normalmente com uma ou no máximo dois tipos de uva em sua composição. Os produtores daqui estão insatisfeitos com a entrada no mercado dos vinhos chilenos, argentinos e uruguaios com preços mais acessíveis em função da isenção da tributação por conta do Mercosul. Alegam que no Brasil, no preço final do produto 41,3% são impostos e 5,7% o lucro líquido do fabricante. No meio do caminho está o incauto do consumidor. Afinal de contas, dos vinhos importados fica ainda mais difícil distinguir a origem. Enquanto isso, temos que ir treinando o olfato e o paladar, afinal de contas, não foi criado um Procon Latinoamericano. (Foto: weblocation)

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Jornalista, com atuação na área de comunicação corporativa

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